Uma opinião que une os rastafáris é que Ras (título amárico de nobreza que pode ser traduzido como "príncipe" ou "cabeça") Tafari ("da paz") Makonnen que foi coroado como Hailê Selassiê I, Imperador da Etiópia em 2 de Novembro de 1930, é a encarnação do chamado Jah (Deus) na Terra, e o Messias Negro que irá liderar os povos de origem africana a uma terra prometida de emancipação e justiça divina. Porém algumas correntes rastafáris não acreditam nisso literalmente. Parte porque seus títulos, como Rei do Reis, Senhor dos Senhores e Leão Conquistador da tribo de Judá,
apesar de se encaixarem com aqueles mencionados no livro de Judá,
também foram dados, de acordo com a tradição etíope, a todos os chamados
imperadores salomônicos desde 980 a.C., mas Selassiê foi o único que recebeu, evidentemente, todos os títulos, incluindo os mais sagrados como Supremo Defensor da Fé e Poder da Santíssima Trindade.
Hailê Selassiê era, de acordo com algumas tradições, o ducentésimo
vigésimo quinto na linha de imperadores etíopes descendentes do bíblico Rei Salomão e a Rainha de Sabá. O salmo 87:4-6 é também interpretado como a previsão da sua coroação.
De acordo com a historiografia etíope, no século X a.C., a dinastia salomônica da Etiópia foi iniciada com a ascensão ao poder de Menelik I, filho de Salomão e da Rainha de Sabá, que visitava Salomão em Israel. 1 Reis 10:13 diz: "E o Rei Salomão realizou todos os desejos da Rainha de Sabá,
um destes sua própria generosidade Real. então ela voltou e foi para
seu próprio país, ela e seus servos." Segundo a popular epopéia étíope Kebra Negast, rastas interpretam isto como o significado que ela concebeu seu Filho,
e disto eles concluem que as pessoas negras são as verdadeiras crianças
de Israel, ou hebraicas. Hebreus negros tem vivido na Etiópia por
séculos, sem conexão com o resto do mundo judaico; a existência deles
deram credenciais e ímpeto para os primeiros Rastafaris, validando a
crença de que a Etiópia é na verdade Sião, já que só lá que a Casa de Davi reinava soberana, sob um país cristão/judaico, além de possuir a Arca da Aliança.
Alguns rastafáris escolhem classificar sua religião como cristianismo
ortodoxo etíope, cristianismo protestante, ou judaísmo. Entre estas, os
laços para a Igreja etíope são os mais difundidos, embora isto seja uma
controvérsia para muitos clérigos etíopes. Os rastafáris acreditam que
as traduções comuns da Bíblia incorporam mudanças criadas pela estrutura
da força branca racista. Alguns adoram a Kebra Negast, mas
muitos destes rastas classificariam-se como etíopes ortodoxos na
religião e rastafáris na ideologia. Alguns rastas prestam pouca atenção
ao Kebra Negast, e muitos o consideram como estando pouco próximo da santidade da Bíblia.
Muitos rastafáris acreditam que Selassiê é de certa forma a volta de Jesus Cristo e que, assim, eles seriam verdadeiros israelitas. Alguns ainda acreditam que Jesus era Moisés, filho de José, enquanto Selassiê seria "Moisés, filho de David",
e usam uma visão não-milenar do reinado de Cristo e uma visão
pós-milenar para Selassiê. No coração do rastafári está a crença de ser o
próprio rei ou príncipe (por isso eles se proclamam rastafári). Como
cantou Ras Midas, "Quando eu vi meu pai com a picareta e minha mãe com a vassoura, eu soube que o rasta estava exilado" (Ras Midas, Rastaman in Exile,
1980). Os rastas dizem que eles foram escravizados, mas converteram
isso ao seu próprio potencial divino, acreditando que, como Selassiê
interrompeu esse ciclo, eles também são dignos de serem reis e
príncipes.
Rastas chamam Selassiê de Jah ou Jah Rastafari, e
acreditam haver uma grande força nestes nomes. Eles autoproclamam-se
rastafári para expressar a relação pessoal que cada rasta tem com
Selassiê I. Rastas gostam de usar o número ordinal com o nome Hailê
Selassiê I, com o número romano dinástico significando o primeiro
deliberadamente pronunciado como a letra I - novamente como signicado
da relação pessoal com Deus. Eles também o chamam de H.I.M., sigla em
inglês para "Sua Majestade Imperial" (His Imperial Majesty). Isso tudo reflete unidade, tendo em consideração que muitas das expressões rastas começam com "I", como I-Ration e I and I.
Quando Hailê Selassiê I morreu em 1975,
sua morte não foi aceita por alguns rastafáris que não podiam aceitar
que o Deus encarnado poderia morrer. Muitos acreditam que a morte de
Selassiê foi um engodo, e que ele voltaria para libertar seus
seguidores. Os rastas atualmente consideram este parcial preenchimento
de uma profecia encontrada no apocalíptico trecho de Esdras 2 7:28. Uma história anônima da fé rastafari aponta para Debre Damo, um dos três antigos Príncipes das Montanhas. Ele acredita que depois Derg ordenou sua execução, os leais da guarda imperial trabalhando como agentes duplos usaram hipotermia
induzida para fazer Selassie aparecer morto. Ele e os remanescentes
leais da Guarda Imperial foram contrabandeados para assegurar o
significado da estrada de ferro subterrânea. Eles agora caem em êxtase
em um quarto secreto debaixo do monastério até o dia do julgamento, no
qual eles serão automaticamente reanimados e totalmente revelados
(11:19-21), assim como a Arca que está na Etiópia irá surgir. Isto deve
ocorrer apenas depois dos idosos libertarem o povo da Jamaica, pois
Selassiê, em 1966, disse que a repatriação e revelação só ocorreriam após a Jamaica ser libertada pelos Rastafaris.
Somente Cristo Jesus salvar ele venceu a morte
ResponderExcluirKkk
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